Uma nota 10 na última onda do ano, para fechar com chave de ouro uma temporada emocionante das meninas no World Surf League Championship Tour. Foi assim que a tricampeã mundial Carissa Moore sacramentou a vitória na final havaiana com Malia Manuel no Beachwaver Maui Pro, nas ondas perfeitas da terça-feira em Honolua Bay, na ilha de Maui, Havaí. Com os 10.000 pontos do título, Carissa tirou o terceiro lugar no Jeep Leaderboard da brasileira Tatiana Weston-Webb. E o resultado desta última etapa, manteve a cearense Silvana Lima na última vaga do WSL Qualifying Series para a elite de 2019.
Carissa Moore and Malia Manuel - WSL / Kelly Cestari
"Isso tudo é muito especial. Não poderíamos pedir ondas melhores do que essas para o nosso último dia da temporada. Este foi, provavelmente, o melhor dia competitivo da minha vida", disse Carissa Moore. "Minha família inteira está aqui e estou muito feliz. Eu não estava na briga do título mundial este ano, mas ao mesmo tempo, eu pude competir sem essa pressão. Eu amo essa onda de Honolua e consegui realmente uma conexão muito boa com ela em certos momentos da minha carreira, então vencer aqui de novo foi incrível".
A terça-feira foi mais um dia com condições épicas para as meninas competirem em ondas excelentes nas direitas de Honolua Bay. Carissa Moore procurou os tubos desde a sua primeira bateria do dia, mas também manobrou forte para liquidar suas oponentes desde as quartas de final. A decisão do título começou meio lenta, mas o mar bombou altas ondas nos últimos 10 minutos, para as duas finalistas buscarem a vitória.
Carissa Moore - WSL / Ed Sloane
O primeiro tubão foi surfado por Carissa Moore, que ficou em pé dentro do canudo e na saída errou a manobra de finalização da onda, mas ganhou nota 8,67 pelo tubaço. Malia Manuel também surfou bem duas ondas seguidas na casa dos 7 pontos, porém no final da bateria, Carissa pegou uma direita perfeita e mandou uma série de batidas e rasgadas muito potentes para ganhar nota 10 unânime dos cinco juízes. Com ela, fechou a vitória por 18,67 a 14,67 pontos como recordista absoluta do Beachwaver Maui Pro.
"É uma honra para mim dividir o pódio com a Steph (Gilmore) e a Carissa (Moore), duas das melhores surfistas da minha geração", disse Malia Manuel. "Estou feliz por estar aqui, em casa, com todos meus amigos de Kauai. Estou sentindo boas vibrações agora, uma nova faísca em mim por ter me qualificado para o próximo ano. Eu tenho muitos planos e estou ansiosa já para o que vem, quem sabe disputando o título mundial também".
Malia Manuel - WSL / Ed Sloane
Esta foi a segunda etapa vencida por Carissa Moore no CT esse ano. A primeira na estreia do Surf Ranch, a piscina de ondas idealizada por Kelly Slater na Califórnia. Depois, parou nas semifinais do Roxy Pro France e agora volta a ganhar na ilha de Maui, após o bicampeonato em 2014 e 2015. Carissa também retorna ao seleto grupo das top-3 do mundo, do qual fez parte desde a sua entrada na elite em 2010 e só tinha saído dele no ano passado. Ela tirou o terceiro lugar que era da gaúcha Tatiana Weston-Webb durante quase toda a temporada.
ÚNICA BRASILEIRA - Tatiana era a única brasileira no Beachwaver Maui Pro e também competiu na terça-feira. Ela surfou bem, massacrando uma onda com a potência do seu backside que valeu nota 8,10, para somar com o 6,50 da primeira que pegou na bateria. Só que a americana Courtney Conlogue foi melhor ainda e conseguiu tirar notas 7,33 e 8,07 dos juízes, para vencer por 15,40 a 14,60 pontos. A brasileira terminou então em quinto lugar e até trocou o pior resultado, aumentando sua pontuação no ranking para 46.430.
Tatiana Weston-Webb - WSL / Kelly Cestari
A californiana ainda poderia manter Tatiana entre as top-3, se parasse Carissa Moore nas semifinais. Mas, a havaiana parecia impossível de ser batida e já abriu a bateria surfando um tubaço incrível, mandando ainda duas manobras muito fortes para ganhar a maior nota do dia até ali, 9,5. Courtney começou bem também com 7,77, mas a havaiana respondeu com 6,17, que selou a vitória por 15,67 a 14,44 pontos.
HEPTACAMPEÃ - Esse duelo aconteceu logo após Malia Manuel vencer a primeira semifinal, carimbando a faixa da nova heptacampeã mundial. Além disso, vingou a derrota sofrida na final do ano passado na ilha de Maui, para a mesma Stephanie Gilmore. A havaiana já tinha passado pela recordista absoluta do primeiro dia no primeiro confronto da terça-feira em Honolua Bay, a também australiana Sally Fitzgibbons.
Sally Fitzgibbons - WSL / Ed Sloane
A primeira vaga na grande final foi bem disputada do início ao fim da bateria. Malia largou na frente com 6,33, contra 3,50 da defensora do título. Steph logo mostrou o seu surfe na segunda onda para receber 7,83, mas depois, o máximo que conseguiu para somar foi 5,53. A havaiana ficou na pressão e na quarta tentativa, surfou forte e acertou as manobras para ganhar a nota que precisava para virar o resultado, 7,17. Com ela, seguiu para a final por uma pequena vantagem de 13,50 a 13,36 pontos.
"A Malia (Manuel) é incrível, está sempre pegando as melhores ondas", disse Stephanie Gilmore, que subiu no pódio para receber o seu sétimo troféu de campeã mundial na World Surf League. "Eu tentei seguir no jogo, buscando uma segunda nota boa para somar, mas está tudo bem. Eu vivi dias incríveis aqui e este ano foi muito além do que eu poderia sonhar. Surfar é muito bom e as pessoas sempre me perguntam porque eu estou sempre rindo, mas se eles fizessem o que eu faço, saberiam o porquê".
Stephanie Gilmore - WSL / Kelly Cestari
SILVANA MANTIDA - Com os 7.800 pontos que marcou no ranking pelo segundo vice-campeonato consecutivo em Maui, Malia Manuel subiu da 12.a para a nona posição no Jeep Leaderboard, entrando no grupo das top-10 que são mantidas na elite para o ano que vem. O resultado do Beachwaver Maui Pro não provocou nenhuma mudança de nomes, entre as dezesseis surfistas que já estavam se classificando para o CT 2019.
Malia vinha se garantindo entre as seis indicadas pelo WSL Qualifying Series, então dispensou a vaga do seu segundo lugar no ranking de acesso. Quem saiu do grupo das top-10 do CT em Maui, foi a também havaiana Coco Ho, que é a terceira colocada no QS e passou a encabeçar o G-6. Com essa simples troca de nomes, a cearense Silvana Lima permaneceu com a última vaga da lista para o CT 2019.
Silvana Lima - WSL / Sean Rowland
Além de Coco Ho e Silvana Lima, mais duas integrantes da elite deste ano que ficaram de fora das top-10 do Jeep Leaderboard, garantiram suas permanências pelo QS, a neozelandesa Paige Hareb em quarto no ranking e a australiana Bronte Macaulay em quinto. Silvana terminou em nono, mas ficou no G-6 porque a número 1, Caroline Marks, a 2 Nikki Van Dijk e a oitava colocada, Malia Manuel, se classificaram entre as top-10 do CT.
NOVIDADES EM 2019 - Com quatro vagas conquistadas pelas tops deste ano, a elite de 2019 terá apenas duas novidades. São mais duas adolescentes ainda, mas já mostrando talento para entrar no grupo das melhores surfistas do mundo, a australiana Macy Callaghan com o sexto lugar no ranking do QS e Brisa Hennessy em sétimo, que vai colocar a Costa Rica na divisão de elite do surfe mundial pela primeira vez na história do WSL Championship Tour.
Macy Callaghan - WSL / Tom Bennett
Macy já participou de sete etapas do CT esse ano, substituindo atletas lesionadas. Na última, surpreendeu ao chegar na final do Roxy Pro France, vencida por Courtney Conlogue. As duas novatas vão ocupar as vagas da americana Sage Erickson e da australiana Keely Andrew, que não conseguiram se manter em nenhuma das duas listas classificatórias e terão que voltar a disputar o WSL Qualifying Series em 2019, para poder retornar ao grupo das melhores do mundo.
Carissa Moore ganha último CT do ano com nota 10 na final havaiana em Maui
João Carvalho
Uma nota 10 na última onda do ano, para fechar com chave de ouro uma temporada emocionante das meninas no World Surf League Championship Tour. Foi assim que a tricampeã mundial Carissa Moore sacramentou a vitória na final havaiana com Malia Manuel no Beachwaver Maui Pro, nas ondas perfeitas da terça-feira em Honolua Bay, na ilha de Maui, Havaí. Com os 10.000 pontos do título, Carissa tirou o terceiro lugar no Jeep Leaderboard da brasileira Tatiana Weston-Webb. E o resultado desta última etapa, manteve a cearense Silvana Lima na última vaga do WSL Qualifying Series para a elite de 2019.
Carissa Moore and Malia Manuel - WSL / Kelly Cestari"Isso tudo é muito especial. Não poderíamos pedir ondas melhores do que essas para o nosso último dia da temporada. Este foi, provavelmente, o melhor dia competitivo da minha vida", disse Carissa Moore. "Minha família inteira está aqui e estou muito feliz. Eu não estava na briga do título mundial este ano, mas ao mesmo tempo, eu pude competir sem essa pressão. Eu amo essa onda de Honolua e consegui realmente uma conexão muito boa com ela em certos momentos da minha carreira, então vencer aqui de novo foi incrível".
A terça-feira foi mais um dia com condições épicas para as meninas competirem em ondas excelentes nas direitas de Honolua Bay. Carissa Moore procurou os tubos desde a sua primeira bateria do dia, mas também manobrou forte para liquidar suas oponentes desde as quartas de final. A decisão do título começou meio lenta, mas o mar bombou altas ondas nos últimos 10 minutos, para as duas finalistas buscarem a vitória.
Carissa Moore - WSL / Ed SloaneO primeiro tubão foi surfado por Carissa Moore, que ficou em pé dentro do canudo e na saída errou a manobra de finalização da onda, mas ganhou nota 8,67 pelo tubaço. Malia Manuel também surfou bem duas ondas seguidas na casa dos 7 pontos, porém no final da bateria, Carissa pegou uma direita perfeita e mandou uma série de batidas e rasgadas muito potentes para ganhar nota 10 unânime dos cinco juízes. Com ela, fechou a vitória por 18,67 a 14,67 pontos como recordista absoluta do Beachwaver Maui Pro.
"É uma honra para mim dividir o pódio com a Steph (Gilmore) e a Carissa (Moore), duas das melhores surfistas da minha geração", disse Malia Manuel. "Estou feliz por estar aqui, em casa, com todos meus amigos de Kauai. Estou sentindo boas vibrações agora, uma nova faísca em mim por ter me qualificado para o próximo ano. Eu tenho muitos planos e estou ansiosa já para o que vem, quem sabe disputando o título mundial também".
Malia Manuel - WSL / Ed SloaneEsta foi a segunda etapa vencida por Carissa Moore no CT esse ano. A primeira na estreia do Surf Ranch, a piscina de ondas idealizada por Kelly Slater na Califórnia. Depois, parou nas semifinais do Roxy Pro France e agora volta a ganhar na ilha de Maui, após o bicampeonato em 2014 e 2015. Carissa também retorna ao seleto grupo das top-3 do mundo, do qual fez parte desde a sua entrada na elite em 2010 e só tinha saído dele no ano passado. Ela tirou o terceiro lugar que era da gaúcha Tatiana Weston-Webb durante quase toda a temporada.
ÚNICA BRASILEIRA - Tatiana era a única brasileira no Beachwaver Maui Pro e também competiu na terça-feira. Ela surfou bem, massacrando uma onda com a potência do seu backside que valeu nota 8,10, para somar com o 6,50 da primeira que pegou na bateria. Só que a americana Courtney Conlogue foi melhor ainda e conseguiu tirar notas 7,33 e 8,07 dos juízes, para vencer por 15,40 a 14,60 pontos. A brasileira terminou então em quinto lugar e até trocou o pior resultado, aumentando sua pontuação no ranking para 46.430.
Tatiana Weston-Webb - WSL / Kelly CestariA californiana ainda poderia manter Tatiana entre as top-3, se parasse Carissa Moore nas semifinais. Mas, a havaiana parecia impossível de ser batida e já abriu a bateria surfando um tubaço incrível, mandando ainda duas manobras muito fortes para ganhar a maior nota do dia até ali, 9,5. Courtney começou bem também com 7,77, mas a havaiana respondeu com 6,17, que selou a vitória por 15,67 a 14,44 pontos.
HEPTACAMPEÃ - Esse duelo aconteceu logo após Malia Manuel vencer a primeira semifinal, carimbando a faixa da nova heptacampeã mundial. Além disso, vingou a derrota sofrida na final do ano passado na ilha de Maui, para a mesma Stephanie Gilmore. A havaiana já tinha passado pela recordista absoluta do primeiro dia no primeiro confronto da terça-feira em Honolua Bay, a também australiana Sally Fitzgibbons.
Sally Fitzgibbons - WSL / Ed SloaneA primeira vaga na grande final foi bem disputada do início ao fim da bateria. Malia largou na frente com 6,33, contra 3,50 da defensora do título. Steph logo mostrou o seu surfe na segunda onda para receber 7,83, mas depois, o máximo que conseguiu para somar foi 5,53. A havaiana ficou na pressão e na quarta tentativa, surfou forte e acertou as manobras para ganhar a nota que precisava para virar o resultado, 7,17. Com ela, seguiu para a final por uma pequena vantagem de 13,50 a 13,36 pontos.
"A Malia (Manuel) é incrível, está sempre pegando as melhores ondas", disse Stephanie Gilmore, que subiu no pódio para receber o seu sétimo troféu de campeã mundial na World Surf League. "Eu tentei seguir no jogo, buscando uma segunda nota boa para somar, mas está tudo bem. Eu vivi dias incríveis aqui e este ano foi muito além do que eu poderia sonhar. Surfar é muito bom e as pessoas sempre me perguntam porque eu estou sempre rindo, mas se eles fizessem o que eu faço, saberiam o porquê".
Stephanie Gilmore - WSL / Kelly CestariSILVANA MANTIDA - Com os 7.800 pontos que marcou no ranking pelo segundo vice-campeonato consecutivo em Maui, Malia Manuel subiu da 12.a para a nona posição no Jeep Leaderboard, entrando no grupo das top-10 que são mantidas na elite para o ano que vem. O resultado do Beachwaver Maui Pro não provocou nenhuma mudança de nomes, entre as dezesseis surfistas que já estavam se classificando para o CT 2019.
Malia vinha se garantindo entre as seis indicadas pelo WSL Qualifying Series, então dispensou a vaga do seu segundo lugar no ranking de acesso. Quem saiu do grupo das top-10 do CT em Maui, foi a também havaiana Coco Ho, que é a terceira colocada no QS e passou a encabeçar o G-6. Com essa simples troca de nomes, a cearense Silvana Lima permaneceu com a última vaga da lista para o CT 2019.
Silvana Lima - WSL / Sean RowlandAlém de Coco Ho e Silvana Lima, mais duas integrantes da elite deste ano que ficaram de fora das top-10 do Jeep Leaderboard, garantiram suas permanências pelo QS, a neozelandesa Paige Hareb em quarto no ranking e a australiana Bronte Macaulay em quinto. Silvana terminou em nono, mas ficou no G-6 porque a número 1, Caroline Marks, a 2 Nikki Van Dijk e a oitava colocada, Malia Manuel, se classificaram entre as top-10 do CT.
NOVIDADES EM 2019 - Com quatro vagas conquistadas pelas tops deste ano, a elite de 2019 terá apenas duas novidades. São mais duas adolescentes ainda, mas já mostrando talento para entrar no grupo das melhores surfistas do mundo, a australiana Macy Callaghan com o sexto lugar no ranking do QS e Brisa Hennessy em sétimo, que vai colocar a Costa Rica na divisão de elite do surfe mundial pela primeira vez na história do WSL Championship Tour.
Macy Callaghan - WSL / Tom BennettMacy já participou de sete etapas do CT esse ano, substituindo atletas lesionadas. Na última, surpreendeu ao chegar na final do Roxy Pro France, vencida por Courtney Conlogue. As duas novatas vão ocupar as vagas da americana Sage Erickson e da australiana Keely Andrew, que não conseguiram se manter em nenhuma das duas listas classificatórias e terão que voltar a disputar o WSL Qualifying Series em 2019, para poder retornar ao grupo das melhores do mundo.
Beachwaver Maui Pro
Textbook conditions end the 2018 women's World Tour at the Beachwaver Maui Pro.
Carissa Moore takes the Maui Pro with the only 10-point ride of the year and Stephanie Gilmore reflects on her 7th World Title.
Carissa Moore earns the first and last perfect 10 of the 2018 women's season - taking the win over Malia Manuel at the Beachwaver Maui Pro.
A australiana festejou a conquista do seu sétimo título mundial nesta segunda-feira na ilha de Maui, no Havaí.
Gilmore celebrates her historic achievement while Fitzgibbons and Moore put up excellent numbers to wrap up Round 3.
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